traças



em 2009-11, esta instalação, que consiste na apresentação de casulos de traças alinhados na parede do espaço expositivo, foi compreendida como uma proposta conceitual e incorporada ao acervo do museu de arte de santa catarina. nesta versão do trabalho, um projeto conceitual, a coleta de casulos vazios de traças deve ser realizada nas dependências do museu pela sua própria equipe técnica para apresentação no espaço de exposição. além de incorporar a dimensão processual (e não apenas os indícios materiais), o trabalho potencializa o paradoxo de que a quantidade de traças apresentada indica não apenas o envolvimento da instituição na manutenção do trabalho, mas também sinaliza as suas condições de conservação. ou seja, se, por um lado, a escassez de casulos coletados indica a assepsia da instituição, por outro, impede ou reduz significativamente a visibilidade da obra de arte que integra sua coleção.
o trabalho tem um fracasso embutido, pensando fracasso como dimensão paradoxal em relação ao lugar e à visibilidade do trabalho na instituição.